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Tontura afeta 30% da população: Veja como identificar e tratar

por Matheus Mattuvo

Por Dr. Saulo Nader – Neurologista e expert em tontura

“Sim, tontura tem tratamento. E em muitos casos, nem precisa de remédio.”

Você já sentiu a cabeça girar ao se levantar? Ou aquela estranha sensação de estar flutuando ou caindo sem motivo? Se sim, você não está sozinho(a): a tontura atinge cerca de 30% da população mundial — e, acredite, muitos desses casos podem ser tratados com manobras simples, feitas com as mãos, sem precisar de medicamentos.

Dr. Saulo Nader (Foto: Divulgação)


Quem afirma isso é o neurologista Dr. Saulo Nader, carinhosamente apelidado de Doutor Tontura por pacientes e seguidores. Ele aproveita o Dia Mundial da Tontura, comemorado em 22 de abril, para esclarecer mitos e dar orientações valiosas sobre esse sintoma que, muitas vezes, é ignorado ou tratado de forma errada.

Nem tudo é “labirintite”

“Quando alguém sente tontura, já escuta logo: ‘Ah, é labirintite!’. Mas a verdade é que labirintite verdadeira é rara. O que chamam de labirintite, na maioria das vezes, são outras condições, e existem mais de 40 causas diferentes de tontura”, explica o médico.

A mais comum delas é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), que representa cerca de 70% dos casos. O Dr. Saulo a chama de “cristais soltos” — uma forma mais fácil de entender o que acontece no ouvido interno quando esses minúsculos cristais saem do lugar e causam sensações intensas de desequilíbrio.

O melhor? “95% dos casos de VPPB podem ser resolvidos em uma única consulta, com manobras específicas feitas com as mãos. E tudo isso, sem remédio!”, diz o Doutor Tontura.

Tontura também tem causa no corpo todo

Outro tipo comum é a chamada tontura de origem clínica sistêmica. Sabe aquela sensação de peso na cabeça, corpo mole, visão meio embaralhada? Ela pode estar ligada a infecções, uso de álcool, carência de ferro, falta de vitamina B12, problemas hormonais ou descompensação do diabetes.

“Tontura é um alerta do corpo. Quando ela aparece, algo não vai bem. Por isso, o diagnóstico precisa ser feito com atenção, escuta e empatia”, afirma o neurologista.

E o lado emocional?

Dr. Saulo também alerta para o impacto emocional da tontura: “Muita gente acha que o problema é psicológico. Mas, muitas vezes, é o contrário: a tontura que abala emocionalmente o paciente. A pessoa começa a evitar lugares, se isola, fica ansiosa ou até entra em depressão. Por isso, é essencial levar essa queixa a sério.”

Quando procurar ajuda?

Se você sente:
·        Sensação de estar girando ou caindo
·        Cabeça pesada, visão turva ou desequilíbrio ao levantar
·        Náuseas associadas a mudanças de posição
·        Episódios que duram minutos ou dias

Procure um médico neurologista com experiência no assunto. “A tontura tem tratamento e, em muitos casos, solução. O mais importante é investigar e não aceitar viver com isso.”, finaliza o Dr. Saulo Nader @doutortontura.


Mais informações: https://neurologiaepsiquiatria.com.br/

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